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Blog criado devido ao número de solicitações e críticas de falso moralismo em redes sociais.
Aqui pretendo ter mais liberdade de expressão. Sem mais.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Bem-vinda meu amor.

Relato do parto escrito no dia 24 de julho as 21:15 para o site e-familynet.


"Bom.. meu parto foi marcado para o dia 20/07 as 6:00 no Hospital da Unimed em João Pessoa-PB 

Cheguei no hospital com a minha mãe as 5:00 da manhã pra preparar a guia de internação, ficamos esperando lá e então o papai da minha filha chegou. Quando a papelada foi toda preparada me encaminharam diretamente pra sala de cirurgia. Eu nem conseguia pensar direito de tanto medo. É estranho porque eu pensava que ia passar mal, queria ver logo a minha filha.. aiaiai! Uma mistura de sentimentos que só Deus sabe. 
Subi para colocar a camisola e depois de trocada me colocaram para deitar numa cama pra esperar preparar a sala, lá o papai da minha B. chegou todo de verde.. k k k e ficamos conversando. Eu, claro muito nervosa! 

Me levaram pra sala de cirurgia e quando deitei o anestesista chegou me explicando o que ele ia fazer, disse que a maior dor que eu ia sentir era a do soro que pra falar a verdade nem doeu. Quando foi me aplicar a anestesia minha GO me segurou e eu senti a picadinha da local, depois não senti mais nada e me deitei. Ficaram mexendo nas minhas pernas e eu achando que tava sentindo tudo, eu achei mesmo! Cheguei a pensar que podia mover minhas pernas mas era puro nervosismo. O anestesista ficava movendo a minha barriga, acho que pra minha B. descer mais um pouco e eu sentia, sentia como se tivesse dormente, depois senti um cheiro de queimado e pensei: Tá chegando a hora!! Ouvi minha GO dizer: Pai.. vai nascer viu. E o papai da minha B. foi pra perto tirar as fotos, Depois ouvi de novo: Mamãe, nasceu! Como ela é linda... jajá você ver. Fiquei ansiosa e ouvi um espirro, depois um choro e outro espirro! Colocaram ela perto de mim e eu nem consegui falar, só senti seu cheirinho.. pensei mil coisas sobre minha gravidez. Chorei. 

Minha filha nasceu dia 20/07 com 39 semanas, pesando 3.135 kg, 49 centímetros e apgar 8/10. Linda demais Very Happy 

Levaram minha filhota e o pai foi atrás. Quando terminaram de me costurar minha Go conversou um pouco comigo e se despediu.. depois de um tempo as enfermeiras limparam minhas costas e minhas pernas e me levaram pra o corredor, sentia a maca tremer e senti um pouco de frio, mas não era tanto frio não, era mais tremedeira mesmo! 

Quando me levaram pro quarto eu fiquei morrendo de inveja porque todo mundo segurava minha filha menos eu! Passei o dia todo assim.. só babando com os olhos, rsrs 

No fim da tarde a enfermeira chegou pra tirar minha sonda que incomodou um pouco mas não doeu! Depois de um tempo ela veio de novo pra me levantar, não senti muita tontura, e tomei até banho sozinha! Fiz xixi e não doeu, demorei pra fazer xixi porque achei que ia doer muito mas não senti nada. Trocaram meu curativo, colocaram a faixa e trouxeram minha filhinha pra mamar. Eu não tinha muito leite e isso me entristeceu pois achei que não tava conseguindo dar de mamar porque tava deitada mas mesmo quando levantei também não consegui. Mas a enfermeira disse que era normal e pediu para me acalmar. 

No segundo dia no hospital foi tranquilo, andei normal, recebi visitas mas no fim do dia comecei a sentir muuuuita dor. Eram os GAZES! Nossa como dói. Nem conseguia me mexer de dor, Tomei remédio e depois foi passando. Minha filha não conseguiu mamar a noite e recebeu complemento mas eu não deixei ela ficar no berçário, ela depois que comeu foi ficar comigo de novo. 

No terceiro dia e recebi alta e vim pra casa toda contente com minha filhota mas ainda com medo de não conseguir amamentar. Consegui um pouco mas a noite ela teve que tomar complemento de novo. isso foi até ontem, pois a noite meu leite chegou! Consegui dar de mamar mas ainda assim ela teve que receber um pouco de complemento. 

Hoje foi o dia que ela passou mais tempo acordada, quietinha, consegui dar de mamar o dia todo mas agora a noite el chorou muito com cólica e não conseguia pegar o peito. Recebeu complemento.. isso me entristece tanto. Mas meu leite já chegou.. não é muito mas vai melhorar! Eu tenho muita fé em Deus que ela vai parar de tomar esse complemento e ficar só no peito. 

Não tenho muito jeito ainda mas estou prestando atenção em tudo que minha mãe faz com ela pra poder acalmar ela também.. queria já saber fazer tudo! 

Ai genteee.. escrevi demais.. Mas é isso aí.. 

Bjus e Deus nos abençoe."


... eu era tão imatura naquela época, lendo isso só consegui pensar em uma coisa: Parabéns pra mim! Puro narcisismo. :D

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Um caso à parte.

Não lembro que dia foi exatamente que fomos socorrer uma mulher apaixonada. É até cômica a frase, mas de engraçada não tem nada.

Fui chamada pela minha mãe para ir na casa de uma conhecida nossa, buscá-la para levá-la ao hospital, não seria uma situação estranha se a conhecida em questão fosse alguém que não víamos a cinco anos, perguntei o que estava acontecendo e minha mãe falou: "Paula, vamos ao hospital Laureano que o esposo de Adriana tá internado e esqueceu o carregador em casa, o celular dele descarregou!" Então fomos lá, eu e minha mãe, nos aventurando por estradas desconhecidas, digo, ruas. A minha mãe, coitada, não tem o mínimo senso de direção e se perde a cada esquina, mas ousamos ao ir buscar essa nossa colega para ela levar o carregador para o marido dela, enfrentamos um mínimo engarrafamento, a minha mãe, totalmente perdida passou pela mesma rua umas 3 vezes, virou um girador duas vezes, perguntamos a umas mil almas caridosas onde ficava a bendita rua, até que enfim, encontramos! Lá vinha a nossa amiga, ela é baixinha, magrinha, vinha cansada, parecia ter corrido uma maratona de tão ofegante, pulei para o banco de trás do carro e a pedi para entrar, afinal quem ia explicar o caminho para a desorientada da minha mãe seria ela, não eu. No caminho pro hospital ela, além de nos agradecer muito e explicar o caminho certo pra chegar lá o mais rápido possível, vinha nos contando a batalha que vem travando contra o tempo e a doença do seu marido, Não lembro ao certo a quantos anos essa luta existe, ele tem câncer e ela está do lado dele todos esses anos, estou falando de um casal jovem, com toda uma vida pela frente e quando penso nessa vida toda pela frente imagino que a fé dessa mulher possa possibilitar a ele melhorias, possa dar ao seu marido forças que ele desconhece, pode dar a sua vida o brilho merecido e ganho por um amor tão lindo, confesso que fui chorando baixinho a caminho do hospital, reconhecendo cada palavra que ela falava, conheci um amor que eu tanto ouço falar e desconheço pessoalmente, vi que ele existe e é mais forte do que qualquer um possa imaginar. Ela entrou no hospital, entregou o carregador e saiu feliz por tê-lo achado mais "corado" rs.

 Naquela noite eu não só tive a certeza de que o amor existe como também que eu não quero a pessoa errada pra mim, não quero que um dia eu esteja com uma pessoa que eu possa abandonar por algo fútil, sim, acredito que câncer seja uma coisa pequena diante do amor que vi aquela noite. Quero alguém que lute, não por mim, mas junto comigo, que deite em uma cama comigo seja no quarto, seja num hospital, que cuide de mim quando eu puder sorrir e quando o meu sorriso estiver ausente, que faça por mim o que eu não puder fazer por ele, porque quando eu amar eu vou tentar fazer pela pessoa o que ela não pode. Adriana, torço e oro pra que esse amor seja eterno enquanto houver possibilidades e quando isso não houver mais que ainda haja, como por milagre, como por presença, um pouco de esperança.

Eu sei que existe por aí muitos casos desses, mas ver de perto me chocou, nos preocupamos com coisas tão banais, com beleza, com status, com o valor de algumas coisas que o interior rejeita, o interior, esse sim permanece, a essência de uma pessoa é indescritível, a vontade de viver de uma pessoa surreal e o amor, se existe eterno, esse vai além.

Tomei a liberdade de postar a foto dos dois, foto que eu vejo tanto carinho. Um beijo pra vocês,