Sobre

Blog criado devido ao número de solicitações e críticas de falso moralismo em redes sociais.
Aqui pretendo ter mais liberdade de expressão. Sem mais.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A outra cabeça.

Me deu um ataque sincericida. E  de tanto ver que quase ninguém sabe o meu lado da história, resolvi falar a verdade. Segurem. 
Vou começar falando uma frase da minha amiga E. Briara: “As mulheres que são apenas mulheres, choram, arrufam-se ou resignam-se; as que têm alguma coisa mais do que a debilidade feminina, lutam ou recolhem-se e à dignidade do silêncio.’ Sim, Machado de Assis copiou isso dela, porque ela é foda e ele eu não conheci. Bêjo Dú! Voltando... (Nesse momento estou pensando, vai lá Paula, você é corajosa)...

Tenho uma filha de dois anos e quase meio que é muito apaixonada pelo pai e eu adoro isso, Desde que a minha filha nasceu eu tentei zelar esse amor que um sente pelo outro, eu tentei cultivar ao máximo a integridade física e moral de ambas as partes, servindo como ponte. Eu enviava fotos e vídeos e afins e o pai da B sempre lidou muito bem com tudo isso, até que um dia eu escrevi algo no meu facebook que eu chamava ele de “Pai muito foda” No melhor sentido da fodice, quem leu o texto sabe que não falei mal dele, eu o elogiei pelo fato dele “se virar” sozinho quando viajava com ela. Aliás, eu nunca falava mal dele, pra ninguém, minha frase sempre era: Ele é um pai muito foda mesmo, ele é ótimo, viaja com ela, passa fim de semana com ela, dá tudo do bom e do melhor a ela, a leva no médico imediatamente se acontecer algo, puxem na memória, você já deve ter ouvido isso da minha boca, e não era mentira. Não era.

As vezes eu falava mal dele, para uma pessoa denominada “ex cunhada”, se não chorava minhas pitangas pra ela eu soltava tudo pra ele mesmo, ele bem sabe disso, textos e mais textos reclamando das suas atitudes em relação a Bárbara, em que ele se desculpava, dizia que eu tinha razão e que ia melhorar. E melhorava.

Aposto que quem me conhece está pensando: Quem está escrevendo não é Paula, ela não é explicita, seus textos são cheios de códigos e entrelinhas, indiretos e NUNCA, JAMAIS, falando sobre o genitor da filha (Obrigada Pri  pela expressão). Não estou com raiva, com raiva eu estava ontem quando postei a fraseEu sou pai e mãe e não me sinto nem um pouco orgulhosa disso.” 
Virou uma mínima polêmica, implícita, cheia de xingamentos de pessoas que não conheço pelo bate-papo, cheia de apoio pra mim e claro, pra ele também.

Eu posto muitas coisas para a minha mãe do tipo, “Mãe, feliz dia dos pais”. “Mãe, obrigada por ser meu pai minha mãe minha tia minha melhor amiga meu cachorro, papagaio periquito e banco central.”. O meu pai tem facebook, ele não se dói com isso, ele é adulto e curte muito porque ele reconhece que a minha mãe se desdobra para cuidar dos filhos dele (somos 3), ele elogia minha mãe, ele não fala mal dela em grupos do whatsapp, ele não manda indiretas do tipo “Fiz uma coisa linda na pessoa errada”, nem tira print das conversas que tem com a minha mãe e manda pra todo mundo para mostrar que a minha mãe é do mau. Ele não se preocupa com o que minha mãe fala ou vive, ele se preocupa com o nosso bem estar, nosso – dos filhos-. Ah, ele não é meu pai biológico mas me criou como se fosse, me deu muita bronca, me deu algumas chineladas, me ensinou a ser gente e principalmente cumpria o que prometia, as vezes ele deixava de comprar uma cerveja no sábado pra juntar com o dinheiro da cerveja do outro sábado e me comprar um par de sapatos. Pai, muito obrigada. Eu amo e respeito você, mesmo hoje o senhor morando longe, tudo o que vivemos no passado te faz presente.

Não sou um exemplo de mãe 100% dedicada, já tive meus constantes momentos de estresse com a minha filha, já gritei, já saí correndo (pergunte a D. Cris), já fui esculhambada pela minha família por estar tratando mal a minha filha, nas vezes em que eu gritava com ela, porque eu não entendia que o que ela queria era atenção, essa parte dedico a minha mãe que sempre me traz a verdade e puxa as minhas orelhas, ela é a minha mãe, por isso eu a escuto com tanta atenção (Pena eu só fazer isso depois que virei mãe, devia ter aprendido um pouco antes). Cheguei a pensar que se a familia do pai da minha filha falasse com ele, ele cairia na realidade de pai exemplar que ele - e os outros- acham que ele é.  Eu já tentei reclamar também, já tentei não, eu reclamo! Eu grito, eu xingo, eu falo palavrão, eu descrevo direitinho o que é pra ele fazer e ele não faz, ele acha que é pai porque ele dá tudo fralda, leite e afins  a ela e passa alguns finais de semana com ela, mas esquece dela nos dias da semana, esquece que ela sabe e sente falta da existência dele. Ele sabe que ela pega um controle remoto, finge que é celular e fala “alô papai, hdugfgdgfdsg (eu nunca entendo), xau papai te amo pa sempi), ele sabe que ela passou dois meses com uma inflamação e não a levou no médico, ao hospital, ao postinho, porque não quis, e ainda mandou eu me virar.. Por falar em postinho, ele sabe que no dia da campanha de vacinação estava chovendo, fazia duas semanas que eu tinha mudado pra uma cidade nova, um bairro novo, uma rua nova e eu não conhecia NADA e ele não foi buscá-la para tomar vacina, eu sai a pé, com ela num braço, a sombrinha no outro, procurando postinho de vacinação, em baixo de chuva porque ele falou a frase de praxe “se vira” e eu me viro bem, ela nunca morreu por minha causa. (No dia o postinho do bairro não estava aberto, me senti fracassada pois ela não tomou a vacina). Ele sabe que ela ama falar com ele pelo telefone, mas ele não liga, ele liga pra mim, fala leseira comigo no whatsapp, mas na hora de falar com ela é um aperreio, eu tenho que ta ligando pra ele dizendo, fala aqui com B que ela ta chorando querendo falar contigo.  Ele sabe que passa 10 segundos com ela no telefone, eu entendo.. ela quase não fala (hashtag-SQN). Ele sabe que eu fico muito Fula da vida quando ele faz essas merdas com ela, quando ele diz que vai passar o final de semana com ela, eu digo a ela, ela toma banho (ela não gosta :/), se arruma, ajeita os cabelos (ela não gosta²), e passa o dia todo falando, passear papai, passear pincesa e papai, papai cadê ocê? Isso quebra meu coração, mas junto os cacos e tento fazê-la esquecer aquele dia, porque ele promete, mas não vai. E quando ele vai, posta fotos, faz declaração, todos comentam –até eu quando era ingênua- e eles vivem felizes para sempre até ele vir e fazer de novo. E ela esperar de novo, e ela chorar de novo e eu virar caco de novo.

Ele é pai sabe, mas quando ele não é eu fico assim, como agora, falando todas essas coisas na cara dele, ou escrevendo no whatsapp dele, e ele melhora. 
Eu sempre separei isso, sempre quis ser a mãe e sempre quis que ele fosse o pai (entendam a frase) mas ontem assumi minha condição dos dois, assumi não, aceitei. Não estou só, minha família segura tanto as pontas pra mim que se eu fosse sozinha com ela eu não sei como nós –eu e B- estaríamos.  Graças  a minha família que eu me viro quando ele diz pra eu me virar, graças a minha família que eu compro as coisas que se tem de comprar quando ele não compra, graças a minha família que, até hoje, eu nunca tinha despejado tudo isso na cara do Brasil que não está interessado nesse assunto. Ainda bem. Mas escrever é a única maneira que eu tenho de extravasar hoje, escrever sobre um assunto que pra mim é tão dolorido, tão humilhante e tão exposto. É  vida do meu bem mais precioso, e se um dia ela odiá-lo por ele ser quem é, eu não vou me culpar por ter escrito isso, nem hoje, nem amanhã, nem quando minha mãe me mandar apagar isso.

E antes que alguém venha dizer assim.. EU SOU MÃE SOLTEIRA E ME VIRO SÓ, EU NÃO PRECISO DE HOMEM PARA ME AJUDAR A CRIAR A MINHA FILHA, EU NÃO PRECISO QUE NINGUÉM ME DÊ NADA! Eu digo a você, EU também não preciso de homem, de dinheiro de homem, de cuidado de homem. Quem precisa é a minha filha, e se eu cobro "paternidade" do pai dela, é porque ele me deu total abertura para isso.

Só um esclarecimento, eu não estou despejando isso aqui por causa de algo que ele fez comigo, ele não faz nada comigo, fez com ela, e se você não acha que ele fez nada com ela e esse texto é de mulher recalcada, releia o texto, se continua achando, feche meu blog e não volte nunca mais, esse texto é de uma mulher preocupada com o futuro da FILHA, com o que algumas atitudes de alguém que ELA AMA pode afetar no seu desenvolvimento. Se você não é pai ou mãe, dificilmente vai entender o que eu estou falando, e se você é amigo dele, defende ele com unhas e dentes, briga por ele e joga pedras em quem está falando mal dele, parabéns! Você não está exercendo seu papel de amigo direito, amigo é aquele que vê que o cara ta fazendo de errado e mostra a verdade, mesmo que ela doa, mesmo que ela apareça como um texto doído em um blog de uma mãe revoltada. Mas se você é muito, mas muito amigo dele você sabe de tudo que eu postei aqui acima, do contrario, você é figurante.


Um texto desse porte não é do meu feitio, não é do meu perfil, não é da minha essência, hoje estou deixando de lado alguns parâmetros e adotando a debilidade feminina. Chorei, urrufei-me e resignei-me mas não recolhi-me a dignidade do silêncio, Luto, devido a isso sou chamada de MULHER.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

eu AMAmentei.

Não sei qual o outro lado da história, só tive uma filha, só tenho uma história pra contar.
A amamentação é essencial e não entendo mães que abrem mão de tal ato. Eu amamentei com muito sacrificio a minha filha e vou contar pra vocês para que acabem as desculpas esfarrapadas do "Eu não tinha leite". Digo, tem leite quem quer! Vou explicar porque.

Antes de Barbara nascer a minha ex cunhada teve nenêm e eu a vi sofrer muito, com dores ao amamentar a sua filha Melissa, ela se contorcia, fazia caretas, as vezes chorava e ao ver aquilo eu disse "Daqui a uns meses sou eu". Ela olhou pra mim e falou com muita convicção: "Você não vai aguentar, é muita dor, você não aguenta mesmo"

Ahan, ela falou as palavrinhas mágicas.. EU NÃO IA AGUENTAR. E aquela dor, nela, persistiu por longa uma semana. Uma semana de muita aflição, tanto pra ela quanto pra quem via. Era tão angustiante vê-la sentindo dor que as vezes eu saia de perto.

Quando Bárbara nasceu, ainda na maternidade, devido ao parto ter sido cirúrgico eu tinha que passar algumas (12) horas deitada e imóvel. Trouxeram B pra eu amamentar e adivinhem.. Não tinha leite, nem um tico, nem um pingo. Me senti incapaz, como assim EU NÃO TENHO LEITE? A enfermeira disse que era porque eu estava deitada e isso dificultava a amamentação, me tranquilizei.

Quando me levantaram e eu pude enfim andar, tomar banho, pegar minha filha E amamentar, lá vamos nós duas, felizes da vida, eu dar o alimento da minha bebê e olha que incrível, o alimento estava em mim! Posicionei Bárbara como me ensinaram, ela sugou, sugou, sugou e chorou. Nada de leite.. As enfermeiras falaram que eu estava ansiosa, relaxei, cadê meu leite? Chegou a noite e nada, amanheceu e nada, passaram dois dias e NADA! Falo sério, NADA DE LEITE!

Saimos da maternidade com uma lata de NAN (Leite para recém nascido) eu, inconformada, me sentindo incapaz, me sentindo a pior das mães não entendia porque justo eu, que tinha seios fartos não tinha leite. Fiz de tudo, dei compressa, tomei muito suco, muito leite, comi o que mandavam comer, muito doce, muito caju, qualquer coisa pra ter leite, até passar o pente no peito eu passei! Quando me lembro .. Me desesperei tanto, pensava que antigamente, quando não existia NAN as mães faziam o que? Eu chorava, orava pedindo a Deus um pouco de leite.. Mas eis o segredo: Eu era tão louca e persistente que eu não tirava a minha filha do peito, mesmo seco, sem nada eu não tirava. Cada vez que minha mãe me perguntava se eu estava sentindo o leite "chegar" eu balançava a cabeça dizendo que não, e não sentia mesmo. Foram 5, repito.. CINCO dias angustiantes na minha vida de mãe incapacitada de alimentar seu filho.

No final do quinto dia, depois de pedir muito a Deus, depois de quase fazer um trato com ele, eis que finalmente o leite chega, era pouco, gotas, MAS CHEGOU!! E eu chorei tanto de felicidade, só vi 3 gotas, mas B se alimentou e dormiu pela primeira vez porque eu a tinha amamentado. Me senti plena, realizada, completa até que...

A DOR! QUE DOR!!!!!!!!!!!!! Bem nesse exagero mesmo. Meu peito feriu, sangrou, ficou na carne viva, roxo, quase preto.. Bárbara bebia o leite e o sangue descia, mas eu continuava a amamentar, sabia que como tinha acontecido com a minha cunhada ia acontecer comigo, aquilo ia parar em uma semana.. A dor era tanta, eu já conhecia as lágrimas, os movimentos, os mesmos que minha cunhada fazia eu repetia. Era questão de honra superar aquela dor, ela disse que eu não conseguiria mas eu ia conseguir.

Passaram-se sete dias, oito, nove, doze.. já chega! Não vai parar nunca.. 20 dias depois e eu sentindo a mesma dor, fui ao médico.. O pediatra mandou eu parar, minha ginecologista me deu pomadas, remédios e nada passava, ela também mandou eu parar com aquela tortura, que por sinal era de 2 em 2 horas. Eu não parei, não era mais questão de honra.. era questão de amor. Ver a minha filha se alimentando do meu leite, vê-la engordar, ficar corada, ficar linda, me fazia feliz, não tinha dor que superasse eu ver minha filha adormecer sorrindo no meu peito. 40 dias depois a dor passou..

Então veio a minha desnutrição, eu amamentei tanto que definhei, desnutri, fiquei tão magra que parecia que ia quebrar ao meio, cheguei aos 41 kg, até que enfim tive que parar, mas aí Bárbara já tinha 10 meses e eu já tinha completado a minha missão de fornecedora de leite materno.

Por isso eu não acredito na frase do "eu não tenho leite" "meu filho não fica saciado só com o leite"

Durante os seis primeiros meses, mães, amamentem seus filhos. Esse é o primeiro ato de amor que vocês podem fazer por eles.


Um beijo.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Meus pêsames.

Acho sim que beber e dirigir seja um ato de crueldade, eu não gosto de velocidade.. não na companhia do álcool. Reclamo com quem bebe e dirige, não porque eu sou uma covarde medrosa mas sim porque sei o valor que a minha vida tem e se eu me preocupo com as pessoas que andam comigo, sei o valor da vida delas também. Não considero apenas as pessoas que amo e conheço, ora. Se eu estou dirigindo, tenho que dirigir por mim e pelas outras pessoas também, nunca se sabe quando um inconsequente atravessará o nosso caminho, as vezes carregando a nossa vida ou a de alguém que está no banco do passageiro. Lembrem minha gente, quando uma vida se vai, partem todos os sonhos, todos os planos, inclusive os das pessoas que ficam. Acha que minha mãe não tem planos pra mim? Acham que minha filha não sentiria minha falta? E meus irmãos que eu tanto amo.. com quem eles iriam contar para cozinhar suas panquecas preferidas? Acho lindo quem sabe dirigir, quem conduz o volante com dignidade suficiente para respeitar primeiramente sua vida e em seguida a vida dos outros. Eu não conhecia o Bruno-Rapaz que faleceu após ter seu carro colidido por outro que vinha sendo conduzido por um bêbado-Soube que ele ficou irreconhecível, soube que sua mulher ficou arrasada, soube que sua família está destruída. Você tem noção de quantos planos foram cessados naquela noite? De quantos momentos felizes você destruiu Sr. Criminoso? E se ele não fosse tão jovem? Se tivesse morrido um senhor de 74 anos? Ainda sim os mesmos sonhos, os mesmos planos estariam perdidos, porque aprendi que só deixamos de sonhar, só deixamos de planejar quando o corpo enfim esfria. Peço desculpas pela minha indignação mas até quem não entende de leis sabe que uma pessoa que bebe e dirige assume, antes mesmo de cometer um erro, que está colocando a sua vida e a de outras pessoas em risco. Agora, um recado pra você que bebe e dirige: Pode ser que você nunca tenha causado nenhum acidente, nem com alguém e nem sozinho, pode ser que você, no efeito alcoólico se sinta poderoso, pode ser que você "ande devagar e tome muito cuidado", mas se acontecer algo meu caro, a culpa é sua. Lembre-se disso.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Desnecessário.

Ele era gordinho, usava um óculos cafona, um jeans cinza que parecia ser dois números a mais, mas desde a primeira vez que o vi eu o quis. Não quis de um jeito que eu tava acostumada, eu quis me aproximar, ele não me olhava.. eu abria a porta do escritório pra ele e ele entrava olhando pro chão. "Que retardado" eu pensava! Trabalhava na mesma empresa que eu e pra eu descobrir seu nome tive que puxar sua ficha de estagiário, acabei descobrindo nome, telefone, e-mail, idade, faculdade e quando o vi chegar, lá pelo terceiro dia de silêncio, descobri seu perfume também. "Só posso ser uma psicopata" eu resmunguei. Não me lembro como começou a nossa amizade, sei que conversávamos a tarde toda, por MSN. Conversávamos sobre musicas, eu adorava as dele, ele odiava as minhas. Conversávamos sobre bandas, eu não entendia nada e ele fingia que eu era engraçada, talvez eu fosse.. Conversávamos tanto que nem meu namorado me fazia ficar online como ele me deixava, grudada na tela, esperando um "Paula, oi?". Nos distanciamos, nos reencontramos alguns anos depois, mudados, quando o vi diferente.. surreal. Que lindo!  Tinha medo porque eu não conhecia ninguém como ele, um sotaque estranho, uns olhos que sempre olhavam pra baixo, olhos apertados, olhos negros, olhos lindos. O sorriso dele? Não era o mais bonito que eu já tinha visto mas era encantador, tímido, intrigante.. Queria fazer parte do mundo dele, queria conhecer o que ele gosta, Caralho! Que mania feia ele tinha de julgar quem não tem um gosto tão bom quanto o dele. Foi muito fácil pra mim conseguir me aproximar demais, ele vivia dizendo que eu era linda, ele nem imaginava o quanto eu o achava lindo, sensacional, um corpo perfeito, um cheiro bom... Quando o vi tocar pela segunda vez, em um ensaio, fiquei vidrada, drogada, o som invadiu meus ouvidos como algo que não fosse sair de mim nunca mais, anestesiei, saí da sala, não queria mais ver, parecia tóxico e eu gostava. Eu o achei tão poderoso tocando aquela guitarra que eu pensei que ele poderia dominar o mundo se ele quisesse. Aliás, se ele quisesse ele poderia ser qualquer coisa, era só ele balançar o cabelo, olhar meio que de lado, porra! Ele conseguia.. e eu gostava, mas eu odiava o jeito teimoso dele, chato, arrogante, ignorante, grosso, sarcástico, babaca, idiota.

As vezes, penso que eu poderia ter baixado a cabeça também, sempre que o via..

As vezes, quando quero conhecer alguém novo, me pego pensando em conhecer alguém exatamente como ele.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Socorro!

Não mãe, esse bosta post não é pra você.
Vou explicar, ontem postei a seguinte frase -It's too hot, my frickin' vagina's sweating.-  no facebook., não porque isso estava acontecendo, até porque eu estava no ar condicionado, 18º.. Postei a frase porque é de um seriado -American Horror History- muito bom e a cena em questão foi engraçadíssima.
É que as vezes eu tenho que me lembrar que vivo no século XXI onde as pessoas tem uma liberdade limitada de expressão e acham que ainda são livres. Livres para esconder das suas famílias, seus líderes religiosos, seus professores, seus chefes os seus romances, seus gostos, seus perfis em redes sociais, sua orientação sexual. Porque na rua eu posso falar buceta NE? Sem ninguém do meu convívio ver, ou ouvir..  Mas no facebook não! Ah não! Só posso falar buceta em casa, para as pessoas de fora não ouvirem, é feio, Xiiiu!! Em casa eu não chamo palavrão, que fique claro. Minha filha está um papagaio e eu não quero que ela, como criança, fale buceta por aí. 
Um pedido.. Vão se lascar vocês que pagam de santo em tudo onde aparecem, que gostam de mostrar suas opiniões revolucionárias que pra mim são todas clichês!  Vão se lascar vocês que acham que estão sempre certos, que o seu jeito de viver é o melhor, que já fez algo diferente! Somos todos marinheiros do mesmo barcos, “ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais”. Aliás, na época dos nossos pais acho que as coisas era mais interessantes, mais conectadas, mais vividas, mais presenciadas, mais leves. Vão se lascar vocês que procuram namorados pela aparência física, pelo status financeiro, social. Vão se lascar vocês que são falsos e ficam desejando os namorados das amigas, os ex namorados das amigas, os quase namorados das amigas ou simplesmente o paquera das amigas, ta faltando homem por acaso? Vão se lascar vocês que se ofendem com qualquer coisa que não seja apresentável, ou bonito, ou sociável.

Achei esse texto muito do vagabundo e sem sentido, mas é pra vocês entenderem que quem manda nessa merda sou eu, e eu escrevo o que eu quiser.


Beijo.